Aprendemos a ter esperança. Fomos ensinados que um dia tudo vai melhorar. Ficamos esperando os dias melhores. O melhor emprego, a melhor oportunidade e ficamos sempre na eminência de que algo melhor irá acontecer. Talvez esperança possa ser confundida com fé. Para quem é mais religioso dirá que fé é muito mais do que ter esperança. Aliás esperança é do verbo esperar ou do verbo esperançar. Mal comecei a escrever e fiquei confusa, com algumas poucas palavras e estou caminhando para explicar qual a origem da felicidade.

Mas é ou não é verdade que sempre estamos pensando que quando tal situação acontecer serei mais feliz. E aí a situação acontece (ou não) e criamos uma nova regra para, daí sermos felizes. Será que ficar sempre esperando por algo melhor acontecer é uma forma de ser feliz?

Esta semana estou fazendo o curso de Maestria Pessoal pela Nortus de Campinas (SP). Uma semana para recarregar as energias em forma de conhecimento. Assim está sendo a semana. A imersão de cinco dias traz um programa de conhecimentos e vivências que preparam pessoas a encarar os desafios que a vida apresenta e também compreender mais sobre si, para conviver melhor em seu ambiente. O curso compreende todas as áreas, desde a carreira, saúde, finanças, relacionamentos, família, etc. Uma forma de conscientizar o equilíbrio e atingir os objetivos desejados.

Um rápido spoiler é que a Maestria Pessoal acontece quando saímos do automático e ficamos conscientes do que estamos criando em nossas vidas. Os encontros seguem até sábado, dia 17, ministrados por Gilberto de Souza, um dos maiores especialistas em desenvolvimento de líderes do Brasil. Ele é sócio-fundador da Nortus, empresa que propõe esse e outros cursos e encontros para disseminar conhecimento humano e científico.

E a primeira grande lição foi sobre a felicidade. De fato ficar esperando para que um determinado contexto se forme para ser feliz é a receita da ansiedade e da frustração. Criamos regras extremamente difíceis e talvez nunca alcançamos o estágio de felicidade desejada.

Voltemos a fé: para mim é a capacidade que temos de lidar com incertezas. Quanto mais “entregarmos” nossas dúvidas ao universo, menos necessidade de controle teremos. Certamente menos tensos e ansiosos também. Eu tenho que aprender muito sobre isso ainda, pois como engenheira fui treinada a ter tudo sob controle total, mas esqueceram de me ensinar a fazer isso tendo a certeza que o objetivo nunca será 100% atingido. Talvez na execução de uma concretagem sim, mas nas relações humanas não. Primeiro porque as pessoas são diferentes e se transformam a cada dia. Depois que acabar de escrever este texto não serei mais a mesma Giovana…então como controlar?! Energia gasta em vão. Segundo ponto é que os contextos também mudam e ficar tentando “amarrar” para que não haja mudanças é desumano.

Então para ser feliz eu preciso criar regras mais simples e mais fáceis de atingir. SIM. Preciso dizer que para ser feliz eu preciso de um salário xxx + benefício ABC, mais liberdade xy??? Ou dizer que serei muito feliz o dia que tiver um emprego? Se eu efetivamente estiver feliz, as demais conquistas podem vir por consequência? Eu mesma estou pensando em enormidades de exigências que faço e fico o tempo todo aumentando o nível…ou seja, me martirizando.

Tá, só um pouquinho…se para ser feliz basta que eu crie regras mais simples e me divirta com a superação das regras, então quer dizer que eu não preciso de ninguém para ser feliz. Eu não preciso que meu vizinho deixe de usar a motosserra e o cortador de grama no domingo as 7:30hs? Eu não preciso que o meu chefe olhe que eu trabalho mais que os outros e recebo o mesmo valor que os demais? Bommm, não é tão simples. Mas a resposta é sim, não preciso de ninguém para definir a minha felicidade.

Eu ainda não terminei o curso para saber mais, mas hoje já me sinto muito aliviada por ver que muitas das minhas frustrações são expectativas que eu mesma criei. E o insight mais importante: posso eu ajudar alguém a ser feliz se eu não sei proporcionar isso a mim mesma? Talvez possa, mas custe tão caro para sua saúde que será insustentável.

Aprendendo com o Mestre Gilberto de Souza e tentando ser melhor comigo mesma.

Interessante, não? Então acompanhe o blog que logo postamos mais novidades sobre o curso.

 

Gilberto de Souza é o ministrante do curso.