No dia 25 de janeiro abriu a Vindima 2019 da Vinícola Góes, na cidade de São Roque, 80 km da Capital Paulista, e deve estar abrindo em muitas outras cidades e empresas do Hemisfério Sul. Neste mesmo dia é comemorado o aniversário de São Paulo e por isso foi a data escolhida para o evento mais esperado do nosso cliente (Vinícola Góes). Abriu-se a VINDIMA 2019.

Vindima é o termo conhecido como “o tempo da colheita da uva”. Nas regiões mais acostumadas com a cultura, este período também é chamado de safra da uva. Enfim, trata-se da época em que é comprovado se o trabalho do ano deu certo. Somente nesta época se tem certeza que a combinação de clima, solo, manuseio e biologia da planta efetivamente deram certo. Claro que sobre o clima pouco se pode fazer. Tem-se maior controle sobre o que as mãos podem fazer.

Bem, estamos dentro da Vinícola Góes há quase um ano. Vivenciando uma empresa que já está na quarta geração de família, vivendo seus dilemas (e quem não vive?) e tentando inovar.

No final de semana de abertura da Vindima 2019 tive a sorte de estar em São Paulo e dar uma fugidinha para o evento do nosso cliente. Estivemos nos últimos 8 meses desenvolvendo projetos exatamente para acolher eventos desta natureza. Nossa missão era fazer algo para esta vindima e conseguimos fazer pouco, mas já mostrou grande avanço.

Projetamos um novo espaço dentro do terreno 2 da Vinícola Góes que é conhecida atualmente como o espaço da Quinta do Jubair (nome da antiga vinícola que lá existia). Simplesmente projetamos um piso na parte mais alta da propriedade que também fica ao lado de uma pequena floresta. A soma da vista com a presença da vegetação ficou incrível.

No domingo, dia 26 de janeiro, resolvi me “disfarçar” de turista (entre aspas porque todos me conhecem então #sqn) e ir participar do evento. Me permiti sentir e vivenciar o mais intenso que as pessoas neste cenário se propunham, sejam os visitantes, sejam os colaboradores da empresa.

Desde o início o convite era para se sentir na vindima. Recebemos um chapéu (com cara de colonial, como se eu fosse uma operária da vindima). Um chapéu e uma foto para eternizar. Estávamos eu e uma amiga paulista. Então depois da foto, subimos no “trenzinho” sobre pneus. Super rústico e muito original. Até chegar na terreno 2 da Góes e irmos aos parreirais. Lá recebemos uma cestinha e uma tesoura para colhermos uva e também degustar, tudo isso em um clima de alegria e diversão. Depois acompanhamos o processo industrial de moagem da uva e nos foi explicado que a chamada “pisa” da uva já não acontece mais (eu já sabia, mas muitos visitantes ficaram decepcionados).  Logo depois da apresentação do processo industrial, fomos guiados para dentro da indústria vinícola por entre umas “tinas de madeira” (pequenas piscinas redondas), onde a uva que nós colhemos estava aguardando nossa pisa. Então alguns tiraram seus calçados e subiram para sentir a sensação de pisar uva. Um geladinho escorregadio. Com música e muita alegria. As pessoas cantavam, gritavam, riam e é claro faziam fotos e vídeos. Algumas até se emocionavam com a sensação.

Creio que o grande mote da atividade seja a experiência, pois acredito que o que sentimos não esquecemos. E pude comprovar isso, pois as pessoas ficavam o tempo todo relatando a sensação de pisar a uva. Então fomos ao local do almoço. O Trenzinho sobre pneus nos levou para adentrarmos a uma pequena floresta ou bosque ao lado do local de almoço. Os mais urbanos foram a loucura! Uns diziam que o cheiro era de mato, de natureza. Outros se perguntavam se tinha mosquito. Outro só sorriam. Uma pequena parcela de natureza pode provocar tantas sensações, me perguntei? SIM…porque a maioria daquelas pessoas é acostumada com concreto e asfalto e quase não sentem aquelas coisas vivas.

Almoçamos maravilhosamente bem. Comida boa e vista espetacular! Apesar do dia estar super quente, aquele espaço muito agradável e a brisa amenizavam a temperatura.

Foi realmente excelente vivenciar aquele momento, como turista “disfarçada. Sentir se o que projetamos realmente fez sentido. Verificar que algumas coisas poderiam ser diferentes e sentir o espaço projetado sendo ocupado. Valeu a experiência. Mas tive a maior das confirmações: O que realmente faz um espaço único não é a obra ou a infraestrutura construída e sim as pessoas com quem tu convives. O atendimento da equipe Góes foi exemplar. Tive a sensação de que eles (os colaboradores) estavam sentindo o mesmo prazer que os visitantes e isso realmente faz a diferença. Claro que um grande centro de eventos, com uma arquitetura super sofisticada poderia empolgar as pessoas e ser fator decisivo para escolherem fazer aquela atividade. Mas o que realmente vai ficar gravado nos turistas foi o que sentiram e isso está diretamente ligado ao fator humano que Vindima Góes 2019 nos proporcionou.

Minha amiga paulista, que morou quase 3 anos no Chile e visitou quase todas as vinícolas de lá, me disse: fiquei surpreendida. Não senti nada igual no Chile. Acredito que este seja o melhor feedback.